quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Bola da vez, chama-se: Chico Audi



por CARLOS FRANCO
Chico Audi recebeu, como ele mesmo descreve, "numa madrugada fria de julho, a notícia mais quente que um fotógrafo profissional da atualidade poderia receber": era um dos 200 fotógrafos do mundo a figurar entre os melhores na edição 2008/2009 da Archive,´uma espécie de bíblia do mercado publicitário global. A alegria tomou conta do fotógrafo naquela madrugada, na qual iniciou a seleção de quatro imagens para integrar esse portfólio que se traduz em reconhecimento e novos negócios. Audi que começou a carreira fotografando belos cavalos é hoje um dos profissionais de maior destaque desse mercado.
Gentilmente enviou a essa revista digital um exemplar da Archive, em que seu talento se faz presente. São belas as imagens, agressivas e buscando o máximo do constraste fotográfico. Chegam, ainda que se prevaleça a distância do tempo e a temática, a lembrar cenas que nunca se apagaram da minha retina, do filme "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos. Nessa obra prima do cinema novo, o estouro dos grãos emprestou às cenas um constraste fantástico, realçando a pobreza e os sonhos de retirantes, e o desejo da cachorra "Baleia" de um mundo cheio de préas gordos de de fartura. A fartura que não veio e que acabou por transformar a própria "Baleia" em alimento.
O alimento de Chico Audi é a força da imagem, e está, obviamente, fala mais que mil palavras. Fica aqui o registro do seu feito.

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