quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mãe West, Coca-Cola e sutiã


CARLOS FRANCO [jornalista e responsável pelo site www.revistapublicitta.com.br]
O que tem a ver Mae West, a Coca-Cola e o sutiã? Tudo a ver. A tradicional garrinfa contour da Coca-Cola, lançada no mercado americano em vidro de 237ml, com um bustiê para a identificação da marca, ela logo ficou conhecida como Mae West. A atriz que nasceu em 17 de agosto de 1893, no Brooklyn, em Nova York e fez fama em 1918, ao lançar o "shimmy", uma dança sensual com a qual já naquela época começava a sacudir os famosos peitões.

Não deu outra. A garrafa-símbolo da Coca-Cola logo ganhou o apelido de Mae West. E os sutiãs usados por ela também viraram mania. Quem não tinha seios fartos, numa época que o silicone sequer existia, tratava logo de comprar sutiãs com bojo, aqueles com recheio de neopreme, o produto antecessor do fio elastano - o mais conhecido é o da marca Lycra.

E se Mae West bebeu da fama, ao ser saboreado na forma de refrigerante, a Coca-Cola também saiu ganhando com isso.

Afinal, a estrela fazia o maior furor, até por ter sido presa nos anos 30, acusada de corromper a juventude. Coitada. Mae West nada mais fazia do que aparecer. E suas aparições por si só eram escandalosas. Uma mulher de seios fartos, bonita, de matar de inveja concorrentes anoréxicas, loucas para ter aquele corpo como o exibido pela garrafa contour.

Hoje, as modeletes que superlotam os books de agênicas como Ford Top Models e outras teriam que ser socorridas em hospitais e por psicológos se sonhassem, apenas sonhassem, que amanheceriam como Mae West.

O mundo muda. Mas Mae West tem mais talento que as tantas zilhões de anoréxicas de books. E resistiu, assim como a garrafinha cantour de Coca-Cola.

Tanto foi a atriz que tirou da lama o famoso estúdio de cinema Paramount no início da década de trinta, quando ele beirava à falência. E foi também ela, e nos seus braços volumosos, que lançou ao mundo o galã Cary Grant. Para quem quer matar saudades desse ícone, basta recorrer a alguns de seus filmes locadoras como "Uma Noiva para Três", "Não Sou um Anjo", "Riquezas da Avó" e "Myra Breckenbridge", este último de 1970 em que abre espaço para Rachel Welch, outra que se tornaria símbolo sexual.

Tudo com sutiã, Coca-Cola e extravangância. Folhas de alface, nem pensar.

Bom fim de semana a todos os nossos leitores. E bom divertimento. O filme é um convite.


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